sexta-feira, 20 de julho de 2012

Poesia

Tietê
Era uma vez um rio...
Porém os Borbas-Gatos dos ultra-nacionais esperiamente!

Havia nas manhãs cheias de Sol do entusiasmo
as monções da ambição...
E as gigânteas!
As embarcações singravam rumo do abismal Descaminho...

Arroubos... Lutas... Setas... Cantigas... Povoar!...
Ritmos de Brecheret!... E a santificação da morte!...
Foram-se os ouros!... E o hoje das turmalinas!...

- Nadador! vamos partir pela via dum Mato-Grosso?
- Io! Mai!... (Mais dez braçadas.
Quina Migone. Hat Stores. Meia de seda.)
Vado a pranzare com la Ruth.

 Mário de Andrade

Poesia

Descobrimento

Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Poesia

Inspiração

“Onde até na força do verão havia
tempestades de ventos e frios de
crudelíssimo inverno.”
Fr. Luís de Sousa

São Paulo! Comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original...
Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...

São Paulo! Comoção de minha vida...
Galicismo a berrar nos desertos da América!


  Mário de andrade

terça-feira, 3 de julho de 2012

José Saramago

Passado, Presente, Futuro  

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

Ana terra

  Ana terra vivia com seus pais,dona Henrriqueta e maneco terra e seus dois irmãos Antônio e Horácio em uma estãncia,sua rotina era de lavar roupa em um poço e ajudar a sua mãe em casa.Até que um dia ela conhece Pedro missíoneiro com quem ela tem um filho que leva o nome do pai,pedrinho.Horácio e Antônio matam pedro a mandato de maneco terra e desse dia em diante a sua vida é marcada por várias tragédias...Ana terra e seu filho vão morar em um novo povoado onde os dois constrói uma vida nova...

   "Um certo capitão rodrigo" é um livro que continua a história do filho de Ana terra onde ele ja tem uma filha que se apaixona por um capitão assim chamado pelas pessoas do povoado.Bibiana e rodrigo se casam os dois tem 3 filhos,2 meninas e um menino onde uma das meninas acaba falecendo...O capitão trai Bibiana e mesmo ela sabendo continua morando com ele pois ela o amava.Rodrigo acaba morrendo e Bibiana fica cuidando de seus 2 filhos em sua casa.